METFORMINA E CARCINOMA DUCTAL IN SITU DE MAMA: MECANISMOS MOLECULARES, EVIDÊNCIAS E PERSPECTIVAS CLÍNICAS

Resumo

Introdução: O câncer de mama é a neoplasia mais incidente entre mulheres no mundo, sendo o carcinoma ductal in situ (CDIS) uma forma inicial e não invasiva que representa cerca de 20% dos diagnósticos. A metformina, amplamente utilizada no tratamento do diabetes tipo 2, tem despertado interesse por seus potenciais efeitos antitumorais. Objetivos: reunir informações sobre os mecanismos de ação antitumoral da metformina, seus mecanismos diretos e indiretos no carcinoma ductal in situ de mama e discutir perspectivas clínicas. Metodologia: Este trabalho realizou uma revisão narrativa da literatura, abrangendo publicações entre 2010 e 2025, com o objetivo de investigar os mecanismos moleculares, evidências experimentais e perspectivas clínicas do uso da metformina no CDIS. Resultados: Foram analisados 13 artigos que abordam a ação direta e indireta da metformina sobre as células tumorais. Os mecanismos diretos envolvem a ativação da proteína quinase AMPK, que inibe a via mTOR, reduzindo a proliferação celular e induzindo apoptose. Indiretamente, a metformina diminui os níveis de insulina e glicose sérica, limitando a disponibilidade energética para células neoplásicas. Estudos pré-clínicos demonstram resultados promissores na redução do crescimento tumoral e aumento da sensibilidade a terapias convencionais, enquanto ensaios clínicos ainda apresentam resultados heterogêneos e não específicos ao CDIS. Conclusões: Conclui-se que a metformina é um agente de baixo custo e fácil acesso, com potencial terapêutico adjuvante ao tratamento do CIDS, embora sejam necessárias pesquisas adicionais, com amostras específicas para avaliar sua eficácia e segurança no tratamento.