MARCADORES SOROLÓGICOS NA ESCLERODERMIA SISTÊMICA: CORRELAÇÕES CLÍNICAS E IMPORTÂNCIA DIAGNÓSTICA

Autores

  • Graciele Ferreira dos Santos Autor
  • Fernando Vianna Cabral Pucci Autor

DOI:

https://doi.org/10.63330/armv1n9-044

Palavras-chave:

Esclerodermia sistêmica, Autoanticorpos, Marcadores sorológicos, Diagnóstico, Manifestações clínicas

Resumo

A Esclerodermia Sistêmica (SSc) é uma doença autoimune rara, caracterizada pela fibrose progressiva da pele e órgãos internos, vasculopatia e ativação imune anormal. Os marcadores sorológicos são essenciais para diagnóstico, classificação e prognóstico, ajudando na confirmação diagnóstica, identificação de subtipos clínicos e correlação com o envolvimento de órgãos. METODOLOGIA: Baseia-se em uma revisão integrativa que ocorreu nos meses de agosto a novembro de 2025, de artigos científicos nacionais e internacionais publicados entre 2011 e 2025, A pesquisa utilizou os seguintes descritores a partir da busca nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Systemic scleroderma”, “Autoantibodies”, “Serological markers”, “Early diagnosis”, “Clinical manifestations”, que foram combinados com o conector booleano “AND/OR”. RESULTADOS: Após aplicar os critérios de exclusão, dez artigos foram selecionados para análise, indicando que os autoanticorpos são úteis no diagnóstico e preditivos de evolução clínica, risco de complicações severas e necessidade de acompanhamento individualizado. DISCUSSÃO: Os estudos mostraram que o anti-RNAP III é um marcador significativo para identificar pacientes com esclerodermia com curso clínico mais agressivo, associado a um elevado risco de crise renal. O anti-Scl-70 está ligado a maior fibrose cutânea, comprometimento pulmonar e progressão da Doença Pulmonar Intersticial. Em geral, os autoanticorpos ajudam a prever evolução da doença, antecipar complicações e guiar tratamentos individualizados, consolidando a sorologia como uma ferramenta essencial no manejo da SSc. CONCLUSÃO: O estudo conclui que é essencial ampliar o conhecimento sobre os marcadores sorológicos da SSc e sua correlação com as manifestações clínicas. Os achados reforçam o potencial desses marcadores para aprimorar os critérios diagnósticos, favorecer o diagnóstico precoce e orientar o manejo individualizado dos pacientes. Ademais, ressalta-se a importância de promover novas pesquisas que aprofundem essas relações no contexto da população brasileira.

Referências

BAIRKDAR, Majd; ROSSIDES, Marios; WESTERLIND, Helga; HESSELSTRAND, Roger; ARKEMA, Elizabeth V.; HOLMQVIST, Marie. Incidência e prevalência de esclerose sistêmica globalmente: uma revisão sistemática abrangente e meta-análise. Rheumatology, v. 60, n. 7, p. 3121–3133, jul. 2021. DOI: https://doi.org/10.1093/rheumatology/keab190. Acesso em: 10 nov. 2025.

CRAVO, M.; MENDONÇA, T.; FARINHA, F. Espectro clínico dos autoanticorpos TH/TO e NOR90 na esclerose sistémica. Revista Portuguesa de Medicina Interna (RPMI), v. 28, p. 140–144, 2021. Acesso em: 17 nov. 2025.

DEL GALDO, F.; LESCOAT, A.; CONAGHAN, P. G. et al. EULAR recommendations for the treatment of systemic sclerosis: 2023 update. Annals of the Rheumatic Diseases, v. 84, n. 1, p. 29–40, 2025. DOI: 10.1136/ard-2024-226430. Acesso em: 04 nov. 2025.

DEL RIO, A. P.; SACHETTO, Z.; SAMPAIO-BARROS, P. D.; MARQUES-NETO, J. F.; LONDE, A. C.; BERTOLO, M. B. HLA markers for poor prognosis in systemic sclerosis Brazilian patients. Disease Markers, v. 35, n. 2, p. 73-78, 2013. DOI: 10.1155/2013/301415. Acesso em: 07 nov. 2025.

EL GHASSEM, M. et al. High anti-topoisomerase-1 autoantibodies levels are associated with the extension of skin fibrosis and vascular progression in patients with systemic sclerosis. [s. l.], 2023. Disponível em: PubMed. Acesso em: 20 nov. 2025.

ELHANNANI, A. et al. Anticorpos anti-RNA polimerase III na esclerose sistêmica: prevalência e associações clínicas de uma revisão sistemática e meta-análise. Rheumatology (Oxford), 2025. doi: 10.1093/rheumatology/keaf392. Acesso em: 27 nov. 2025.

ELHANNANI, A. et al. Anti-RNA polymerase III antibodies in systemic sclerosis: prevalence and clinical associations from a systematic review and meta-analysis. Rheumatology (Oxford), Oxford, 2025. Disponível em: https://doi.org/10.1093/rheumatology/kead052. Acesso em: 27 nov. 2025.

GRIGOLO, B.; MAZZETTI, I.; MELICONI, R.; BAZZI, S.; SCORZA, R.; CANDELA, M.; GABRIELLI, A.; FACCHINI, A. Anti-topoisomerase II alpha autoantibodies in systemic sclerosis: association with pulmonary hypertension and HLA-B35. Clinical and Experimental Immunology, v. 121, n. 3, p. 539-543, 2000. DOI: 10.1046/j.1365-2249.2000.01320.x. Acesso em: 21 nov. 2025.

HAMAGUCHI, Y.; TAKEHARA, K. Anti-nuclear autoantibodies in systemic sclerosis: news and perspectives. Journal of Scleroderma and Related Disorders, v. 3, n. 3, p. 201–213, 2018. DOI: 10.1177/2397198318783930. Acesso em: 20 nov. 2025.

HAMAGUCHI, Y.; TAKEHARA, K. Anti-nuclear autoantibodies in systemic sclerosis: news and perspectives. Journal of Scleroderma and Related Disorders, v. 3, n. 3, p. 201–213, 2018. DOI: 10.1177/2397198318783930. Acesso em: 20 nov. 2025.

HORIMOTO, A. M. C. et al. Incidência e prevalência de esclerose sistêmica em Campo Grande, Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 57, n.2, p. 107–114, 2017. Acesso em: 13 nov. 2025.

JANDALI, B.; SALAZAR, G. A.; HUDSON, M.; FRITZLER, M. J.; LYONS, M. A.; ESTRADA-Y-MARTIN, R. M.; CHARLES, J.; TERRACINA, K. A.; MAYES, M. D.; ASSASSI, S. O efeito do método de determinação de anticorpos Anti-Scl-70 em seu significado preditivo para a progressão da doença pulmonar intersticial na esclerose sistêmica. ACR Open Rheumatology, v. 4, p. 345-351, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1002/acr2.11398. Acesso em: 20 nov. 2025.

LEROY, E. C.; MEDSGER JR, T. A. Criteria for the classification of early systemic sclerosis. The Journal of rheumatology, v. 28, n. 7, p. 1573–6, jul. 2001. Acesso em: 17 nov. 2025.

LIU, C.; HOU, Y.; XU, D.; et al. Analysis of anti-RNA polymerase III antibodies in Chinese Han systemic sclerosis patients. Clinical Rheumatology, v. 39, n. 4, p. 1191-1197,2020.DOI: 10.1007/s10067-019-04806-9. Acesso em: 17 nov. 2025.

PEREIRA, Manoela Carrera MC et al. Esclerodermia sistêmica: relato de caso clínico. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo, v. 21, n. 1, p. 69, 2017. Acesso em: 03 nov. 2025.

TREVISAN, Mauro; PEREIRA, Daiana Rufino; DE OLIVEIRA, Ester Florentino. Estudo sobre as principais manifestações clínicas apresentadas por paciente com esclerodermia sistêmica limitada e difusa. Revista Interdisciplinar de Estudos em Saúde, p. 118-148, 2016. Acesso em: 03 nov. 2025.

WHITTEMORE, R.; KNAFL, K. The integrative review: updated methodology. Journal of Advanced Nursing, v. 52, n. 5, p. 546-553, dez. 2005. Acesso em: 13 nov. 2025.

ZIMMERMANN, Gabriela S.; PIZZICHINI, Mário M. M. Autoanticorpos na esclerose sistêmica: implicações clínicas e laboratoriais. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 53, n. 1, p. 91–99, 2013. Acesso em: 07 nov. 2025

Downloads

Publicado

2025-12-02

Como Citar

MARCADORES SOROLÓGICOS NA ESCLERODERMIA SISTÊMICA: CORRELAÇÕES CLÍNICAS E IMPORTÂNCIA DIAGNÓSTICA. (2025). Aurum Revista Multidisciplinar, 1(9), 563-573. https://doi.org/10.63330/armv1n9-044