EPIDEMIOLOGIA E MANEJO DA ADRENOLEUCODISTROFIA: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE PAÍSES
DOI:
https://doi.org/10.63330/armv1n9-047Palavras-chave:
Adrenoleucodistrofia, Epidemiologia, Diagnóstico, Triagem neonatalResumo
Introdução: A adrenoleucodistrofia é uma doença genética rara ligada ao cromossomo X que afeta quase exclusivamente pessoas do sexo masculino, com incidência de 1:15.000 a 25.000 em todo mundo. Os sintomas são variados e inespecíficos, o que dificulta a identificação da patologia. O diagnóstico é realizado através da avaliação dos níveis séricos de ácidos graxos de cadeia muito longa, alterações de imagem do sistema nervoso central e testes genéticos. Embora não haja uma cura, o diagnóstico precoce e o transplante de células-tronco hematopoiéticas podem ser grandes aliados e proporcionar uma vida relativamente normal. Metodologia: Estudo de revisão integrativa, com abordagem qualitativa e análise categorial, fundamentado em pesquisas relacionadas à adrenoleucodistrofia, políticas públicas, epidemiologia, diagnóstico precoce, tratamentos e triagem neonatal em contextos nacionais e internacionais. Resultados: Foram selecionados 10 artigos que atenderam os requisitos finais dos critérios de inclusão. Os artigos analisados evidenciaram desigualdades globais significativas na epidemiologia, variabilidade clínica e manejo clínico. Conclusões: A comparação global entre países evidenciou como a presença de programas de triagem neonatal estruturado influencia diretamente o diagnóstico precoce dos pacientes. Países como Estados Unidos, Japão e Holanda apresentam programas estruturados de rastreamento neonatal, com maior eficácia diagnóstica e melhores desfechos clínicos. Em contraste, outros países que não possuem políticas consolidadas de rastreamento acabam contribuindo para um diagnóstico tardio, o que dificulta o manejo clínico e o acesso a tratamentos adequados. A detecção precoce, aliada às práticas biomédicas e à genética clínica, é fundamental para a redução dos impactos clínicos e das complicações associadas à doença.
Referências
ALBERSEN, Monique et al. Sex-specific newborn screening for X-linked adrenoleukodystrophy. Journal of Inherited Metabolic Disease, v. 46, n. 1, p. 116–128, 2023.
ALSALEEM, M.; HAQ, N.; SAADEH, L. Adrenoleukodystrophy. In: StatPearls. 2024. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK482466/. Acesso em: 11 maio 2025.
BARENDSEN, Rinse W. et al. Adrenoleukodystrophy Newborn Screening in the Netherlands (SCAN Study): The X-Factor. Frontiers in Cell and Developmental Biology, v. 8, 2020. Disponível em: https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fcell.2020.00576/full. Acesso em: 11 maio 2025.
BONAVENTURA, Eleonora et al. Newborn Screening of X-Linked Adrenoleukodystrophy in Italy: Clinical and Biochemical Outcomes from a 4-Year Pilot Study. International Journal of Neonatal Screening, v. 11, n. 4, p. 84, 2025. Disponível em: https://www.mdpi.com/2409-515X/11/4/84. Acesso em: 11 maio 2025.
CHEN, Hui-An et al. High incidence of null variants identified from newborn screening of X-linked adrenoleukodystrophy in Taiwan. Molecular Genetics and Metabolism Reports, v. 32, p. 100902, 2022.
ENGELEN, Marc et al. International recommendations for the diagnosis and management of patients with adrenoleukodystrophy. Neurology, v. 99, n. 21, p. 940–951, 2022.
FURLAN, Fernanda Luiza Schumacher et al. X-linked adrenoleukodystrophy in Brazil: a case series. Revista Paulista de Pediatria, v. 37, n. 4, p. 465–471, 2019a.
MATTESON, Jamie et al. Adrenoleukodystrophy Newborn Screening in California Since 2016: Programmatic Outcomes and Follow-Up. International Journal of Neonatal Screening, v. 7, n. 2, p. 22, 2021. Disponível em: https://www.mdpi.com/2409-515X/7/2/22. Acesso em: 11 maio 2025.
NATIONAL LIBRARY OF MEDICINE (NLM). X-linked adrenoleukodystrophy. 2022. Disponível em: https://medlineplus.gov/genetics/condition/x-linked-adrenoleukodystrophy/. Acesso em: 11 maio 2025.
OLIVA, Nicola Oliveira et et al. Adrenoleucodistrofia ligada ao X em uma criança: relato de caso e revisão de literatura. RECIMA21 – Revista Científica Multidisciplinar, v. 4, n. 5, p. e453098, 2023. Disponível em: https://recima21.com.br/index.php/recima21/article/view/3098. Acesso em: 11 maio 2025.
SEVIN, Caroline et et al. Childhood cerebral adrenoleukodystrophy (CCALD) in France: epidemiology, natural history, and burden of disease – a population-based study. Orphanet Journal of Rare Diseases, v. 18, n. 1, p. 238, 2023.
SHIMOZAWA, Nobuyuki et et al. Advanced diagnostic system and introduction of newborn screening of adrenoleukodystrophy and peroxisomal disorders in Japan. International Journal of Neonatal Screening, v. 7, n. 3, p. 58, 2021. Disponível em: https://www.mdpi.com/2409-515X/7/3/58. Acesso em: 11 maio 2025.
TANG, Chengfang et al. A pilot study of newborn screening for X-linked adrenoleukodystrophy based on liquid chromatography-tandem mass spectrometry for detection of C26:0-lysophosphatidylcholine in dried blood spots: results from 43,653 newborns in a southern Chinese population. Clinica Chimica Acta, v. 552, p. 117653, 2024b.
ZUO, Xinxin; CHEN,Zeyu. From gene to therapy: a review of deciphrering the role of ABCD1 in combating X-linked adrenoleukodystrophy 2024.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.