STATUS IMUNOLÓGICO E PROGNÓSTICO NO LINFOMA DE HODGKIN: IMPLICAÇÕES TERAPÊUTICAS E EVOLUÇÃO CLÍNICA

Resumo

Introdução: O Linfoma de Hodgkin é uma neoplasia maligna rara, caracterizada pelas células de Hodgkin e Reed-Sternberg, cuja evolução clínica depende das interações no microambiente tumoral. Apesar das altas taxas de cura, casos refratários e recidivantes ainda representam um desafio, com fatores imunológicos afetando a resposta ao tratamento. Objetivo: avaliar a relação entre o perfil imunológico dos pacientes e o prognóstico da doença, investigando de que forma o status imunológico pode influenciar a resposta ao tratamento e a evolução clínica. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa realizada entre fevereiro e novembro de 2025, empregou-se descritores do DeCs nas bases de dados como Scielo e PubMed selecionando estudos publicados nos últimos cinco anos que abordassem biomarcadores imunológicos no LH. Resultados: Foram identificados 6.332 estudos. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão selecionou-se 12 artigos. O desenvolvimento e progressão do LH dependem de uma complexa rede de interações celulares no microambiente tumoral, que sustenta a evasão imunológica. O desequilíbrio imunológico e predominância de elementos imunossupressores associam-se a piores desfechos, enquanto certos perfis celulares podem indicar melhor resposta terapêutica. Altos níveis de macrófagos e PD-L1 correlacionam-se a um prognóstico desfavorável, enquanto a presença de células T reguladoras e células T CD4+ auxiliares tem sido relacionada a um melhor prognóstico. Conclusões: A compreensão do perfil imunológico é essencial para aprimorar o prognóstico e personalizar tratamentos. Embora haja avanços significativos, são necessários novos estudos que identifiquem biomarcadores mais precisos e integrem essas informações aos protocolos clínicos, contribuindo para estratégias terapêuticas mais eficazes e individualizadas.