DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA CRÔNICA: DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO

Resumo

A Doença Arterial Obstrutiva Crônica (DAOP), condição vascular comum, caracteriza-se pela obstrução progressiva das artérias, sobretudo nos membros inferiores, em decorrência da aterosclerose. Essa obstrução diminui o fluxo sanguíneo, resultando em sintomas como claudicação intermitente, dor em repouso e, em situações graves, isquemia crítica com risco de amputação. O diagnóstico precoce é vital e abrange a avaliação clínica, o índice tornozelo-braquial (ITB), a ultrassonografia Doppler e, em certos casos, a angiotomografia ou angiografia, sendo o ITB um método simples e não invasivo para avaliar a gravidade da DAOP. O tratamento da DAOP tem como objetivo aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida, prevenir a progressão da doença e diminuir o risco de eventos cardiovasculares. As estratégias terapêuticas incluem a modificação do estilo de vida, com a cessação do tabagismo, prática regular de exercícios físicos, controle do peso e dieta saudável, além do tratamento farmacológico com antiagregantes plaquetários (aspirina ou clopidogrel) para reduzir o risco de trombose, estatinas para controlar o colesterol e, em alguns casos, vasodilatadores para aliviar os sintomas. Em situações de claudicação limitante ou isquemia crítica, a revascularização pode ser necessária, com opções como angioplastia com stent ou cirurgia de bypass. A DAOP está associada a um alto risco de eventos cardiovasculares, como infarto e AVC, tornando essencial o controle dos fatores de risco cardiovascular. A abordagem multidisciplinar, envolvendo médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde, é fundamental para o sucesso do tratamento, sendo a adesão do paciente às recomendações médicas crucial para melhorar o prognóstico e a qualidade de vida.