INTEGRAÇÃO DE ESCALAS DE MOBILIDADE HOSPITALAR COM A CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE: UMA ANÁLISE COMPARATIVA
DOI:
https://doi.org/10.63330/armv1n8-012Palabras clave:
Mobilidade funcional, Unidade de Terapia Intensiva, Classificação Internacional de Funcionalidade, Avaliação física, PadronizaçãoResumen
Introdução: A avaliação da mobilidade funcional em pacientes hospitalizados, particularmente em unidades de terapia intensiva, representa um componente fundamental da prática baseada em evidências. A proliferação de instrumentos de avaliação, embora benéfica, apresenta desafios significativos para padronização, comunicação interprofissional e pesquisa comparativa. A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) oferece um referencial teórico e linguagem padronizada para descrição da funcionalidade, representando uma oportunidade para estabelecer correspondências entre diferentes instrumentos de avaliação funcional. Objetivo: Estabelecer um framework unificado que integre seis escalas de mobilidade hospitalar com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), visando padronizar a avaliação funcional em pacientes críticos. Métodos: Análise de linkage entre ICU Mobility Scale (IMS), Johns Hopkins Highest Level of Mobility (JH-HLM), Perme Intensive Care Unit Mobility Score, Surgical Optimal Mobility Score (SOMS), Chelsea Critical Care Physical Assessment Tool (CPAx) e Physical Function in Intensive Care Test (PFIT) com os códigos da CIF. Resultados: Identificaram-se quatro grupos funcionais (A-D) que representam níveis progressivos de mobilidade, desde posicionamento no leito até deambulação independente, estabelecendo correspondências entre as pontuações das seis escalas e os códigos específicos da CIF. Conclusão: O framework proposto fornece uma linguagem comum para documentação clínica e pesquisa, facilitando a comunicação interprofissional e o acompanhamento longitudinal do paciente crítico por meio dos diferentes contextos de cuidado.
Referencias
BOND, T. G.; FOX, C. M. Applying the Rasch Model: Fundamental Measurement in the Human Sciences. 3. ed. New York: Routledge, 2015. 384 p.
CIEZA, A.; GEYH, S.; CHATTERJI, S.; KOSTANJSEK, N.; USTÜN, B.; STUCKI, G. ICF linking rules: an update based on lessons learned. Journal of Rehabilitation Medicine, v. 37, n. 4, p. 212-218, 2005. Disponível em: https://medicaljournalssweden.se/jrm/article/view/3399. Acesso em: 26 out. 2025.
CONCEIÇÃO, T. M. A.; GONZÁLES, A. I.; FIGUEIREDO, F. C. X. S.; VIEIRA, D. S. R.; BÜNDCHEN, D. C. Critérios de segurança para iniciar a mobilização precoce em unidades de terapia intensiva: revisão sistemática. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 29, n. 4, p. 509-519, 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbti/a/9KJnjYwXqGfVvMzBk3RLjYQ/. Acesso em: 26 out. 2025.
COHEN, J. Statistical Power Analysis for the Behavioral Sciences. 2. ed. Hillsdale: Lawrence Erlbaum Associates, 1988. 567 p.
CORNER, E. J.; SONI, N.; HANDY, J. M.; BRETT, S. J. Construct validity of the Chelsea critical care physical assessment tool: an observational study of recovery from critical illness. Critical Care, v. 18, n. 2, p. R55, 2014. Disponível em: https://ccforum.biomedcentral.com/articles/10.1186/cc13801. Acesso em: 26 out. 2025.
CORNER, E. J.; WOOD, H.; ENGLEBRETSEN, C.; THOMAS, A.; GRANT, R. L.; NIKOLETOU, D. et al. The Chelsea Critical Care Physical Assessment tool (CPAx): validation of an innovative new tool to measure physical morbidity in the general adult critical care population; an observational proof-of-concept pilot study. Physiotherapy, v. 99, n. 1, p. 33-41, 2013. Disponível em: https://www.physiotherapyjournal.com/article/S0031-9406(12)00093-2/fulltext. Acesso em: 26 out. 2025.
EVERITT, B. S.; LANDAU, S.; LEESE, M.; STAHL, D. Cluster Analysis. 5. ed. Chichester: John Wiley & Sons, 2011. 330 p.
FABRIGAR, L. R.; WEGENER, D. T.; MACCALLUM, R. C.; STRAHAN, E. J. Evaluating the use of exploratory factor analysis in psychological research. Psychological Methods, v. 4, n. 3, p. 272-299, 1999. Disponível em: https://psycnet.apa.org/record/1999-01202-002. Acesso em: 26 out. 2025.
HANEKOM, S.; CROUS, L.; LOUW, Q. Reaching consensus on the physiotherapeutic management of patients following upper abdominal surgery: a pragmatic approach to interpret evidence. BMC Medical Informatics and Decision Making, v. 12, n. 5, 2012. Disponível em: https://bmcmedinformdecismak.biomedcentral.com/articles/10.1186/1472-6947-12-5. Acesso em: 26 out. 2025.
HODGSON, C. L.; BERNEY, S.; HARROLD, M.; SAXENA, M.; BELLOMO, R. Clinical review: early patient mobilization in the ICU. Critical Care, v. 17, n. 1, p. 207, 2013. Disponível em: https://ccforum.biomedcentral.com/articles/10.1186/cc11820. Acesso em: 26 out. 2025.
HODGSON, C. L.; STILLER, K.; NEEDHAM, D. M.; TIPPING, C. J.; HARROLD, M.; BALDWIN, C. E. et al. Expert consensus and recommendations on safety criteria for active mobilization of mechanically ventilated critically ill adults. Critical Care, v. 18, n. 6, p. 658, 2014. Disponível em: https://ccforum.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13054-014-0658-y. Acesso em: 26 out. 2025.
HOYER, E. H.; FRIEDMAN, M.; LAVEZZA, A.; WAGNER-KOSMAKOS, K.; LEWIS-CHERRY, R.; SKOLNIK, J. L. et al. Promoting mobility and reducing length of stay in hospitalized general medicine patients: a quality-improvement project. Journal of Hospital Medicine, v. 11, n. 5, p. 341-347, 2016. Disponível em: https://shmpublications.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/jhm.2546. Acesso em: 26 out. 2025.
KOLEN, M. J.; BRENNAN, R. L. Test Equating, Scaling, and Linking: Methods and Practices. 3. ed. New York: Springer, 2014. 566 p.
LINACRE, J. M. Sample size and item calibration stability. Rasch Measurement Transactions, v. 7, n. 4, p. 328, 1994. Disponível em: https://www.rasch.org/rmt/rmt74m.htm. Acesso em: 26 out. 2025.
MASTERS, G. N. A Rasch model for partial credit scoring. Psychometrika, v. 47, n. 2, p. 149-174, 1982. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/BF02296272. Acesso em: 26 out. 2025.
MOKKINK, L. B.; TERWEE, C. B.; PATRICK, D. L.; ALONSO, J.; STRATFORD, P. W.; KNOL, D. L. et al. The COSMIN checklist for evaluating the methodological quality of studies on measurement properties. Quality of Life Research, v. 19, n. 4, p. 539-549, 2010. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s11136-010-9606-8. Acesso em: 26 out. 2025.
NEEDHAM, D. M.; KORUPOLU, R.; ZANNI, J. M.; PRADHAN, P.; COLANTUONI, E.; PALMER, J. B. et al. Early physical medicine and rehabilitation for patients with acute respiratory failure: a quality improvement project. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, v. 91, n. 4, p. 536-542, 2010. Disponível em: https://www.archives-pmr.org/article/S0003-9993(10)00006-6/fulltext. Acesso em: 26 out. 2025.
PARRY, S. M.; GRANGER, C. L.; BERNEY, S.; JONES, J.; BEACH, L.; EL-ANSARY, D. et al. Assessment of impairment and activity limitations in the critically ill: a systematic review of measurement instruments and their clinimetric properties. Intensive Care Medicine, v. 41, n. 5, p. 744-762, 2015. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s00134-015-3672-x. Acesso em: 26 out. 2025.
PASTVA, A. M.; PARTHASARATHY, S.; HEYLAND, D. K.; NEEDHAM, D. M. Mobilization models for the critically ill: a robust debate. Critical Care Clinics, v. 35, n. 3, p. 509-521, 2019. Disponível em: https://www.criticalcare.theclinics.com/article/S0749-0704(19)30022-9/fulltext. Acesso em: 26 out. 2025.
PERME, C.; NAWA, R. K.; WINKELMAN, C.; MASUD, F. A tool to assess mobility status in critically ill patients: The Perme Intensive Care Unit Mobility Score. Methodist DeBakey Cardiovascular Journal, v. 10, n. 1, p. 41-49, 2014. Disponível em: https://journal.houstonmethodist.org/articles/10.14797/mdcj-10-1-41/. Acesso em: 26 out. 2025.
SCHALLER, S. J.; ANSTEY, M.; BLOBNER, M.; EDRICH, T.; GRABITZ, S. D.; GRADWOHL-MATIS, I. et al. Early, goal-directed mobilisation in the surgical intensive care unit: a randomised controlled trial. The Lancet, v. 388, n. 10052, p. 1377 1388, 2016. Disponível em: https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(16)31637-3/fulltext. Acesso em: 26 out. 2025.
SKINNER, E. H.; BERNEY, S.; WARRILLOW, S.; DENEHY, L. Development of a physical function outcome measure (PFIT) and a pilot exercise training protocol for use in intensive care. Critical Care and Resuscitation, v. 11, n. 2, p. 110 115, 2009. Disponível em: https://www.cicm.org.au/Resources/Publications/CCR%20Journal. Acesso em: 26 out. 2025.
STREINER, D. L.; NORMAN, G. R.; CAIRNEY, J. Health Measurement Scales: A practical guide to their development and use. 5. ed. Oxford: Oxford University Press, 2015. 399 p.
TERWEE, C. B.; BOT, S. D.; DE BOER, M. R.; VAN DER WINDT, D. A.; KNOL, D. L.; DEKKER, J. et al. Quality criteria were proposed for measurement properties of health status questionnaires. Journal of Clinical Epidemiology, v. 60, n. 1, p. 34-42, 2007. Disponível em: https://www.jclinepi.com/article/S0895-4356(06)00174-0/fulltext. Acesso em: 26 out. 2025.
TIPPING, C. J.; BAILEY, M. J.; BELLOMO, R.; BERNEY, S.; BUHR, H.; DENEHY, L. et al. The ICU mobility scale has construct and predictive validity and is responsive: a multicenter observational study. Annals of the American Thoracic Society, v. 13, n. 6, p. 887-893, 2016. Disponível em: https://www.atsjournals.org/doi/10.1513/AnnalsATS.201510-717OC. Acesso em: 26 out. 2025.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF). Geneva: World Health Organization, 2001. Disponível em: https://www.who.int/standards/classifications/international-classification-of-functioning-disability-and-health. Acesso em: 26 out. 2025.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
