IMPLICAÇÕES DA AUTOMEDICAÇÃO DE LEVONORGESTREL EM ADOLESCENTES
DOI:
https://doi.org/10.63330/armv1n9-011Palavras-chave:
Automedicação, Levonorgestrel, Adolescência, Saúde reprodutiva, Educação sexualResumo
A automedicação com levonorgestrel entre adolescentes configura-se como uma prática cada vez mais frequente e preocupante, marcada por dilemas que vão além da saúde física. O uso da chamada “pílula do dia seguinte”, muitas vezes sem orientação profissional, surge como resposta rápida diante de situações de risco, mas acaba revelando impactos que extrapolam o imediato. O medicamento, embora eficaz como contraceptivo emergencial, quando utilizado de forma indiscriminada pode gerar alterações hormonais, efeitos colaterais e até mesmo comprometer a estabilidade emocional das jovens. Nesse cenário, a automedicação não se restringe a uma escolha individual, mas reflete lacunas no sistema de saúde, na educação sexual e nas relações sociais. A facilidade de acesso ao medicamento traz consigo uma dualidade: ao mesmo tempo em que promove autonomia, abre espaço para o uso inadequado, sustentado por ilusões de segurança. Esse comportamento pode gerar sentimentos de medo, culpa, ansiedade e isolamento, uma vez que muitas adolescentes recorrem à pílula em silêncio, sem diálogo com a família ou apoio especializado. Assim, compreender essa prática exige uma análise ampla, que considere os aspectos biológicos, psicológicos e sociais envolvidos. O estudo busca fomentar reflexões críticas e propor caminhos para promover um uso mais consciente, seguro e responsável.
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