A VOZ SILENCIOSA DA APRENDIZAGEM: ESCUTA SENSÍVEL E EXPRESSÕES DE UM ALUNO COM TEA NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
DOI:
https://doi.org/10.63330/aurumpub.020-004Palavras-chave:
Educação inclusiva, Transtorno do Espectro Autista, Linguagem não verbal, Prática pedagógica, Protagonismo estudantilResumo
O presente artigo analisa a efetivação da educação inclusiva a partir de um estudo de caso envolvendo um estudante do 1º ano do Ensino Fundamental, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e com comunicação predominantemente não verbal, matriculado em uma escola pública de Mato Grosso. Parte-se da diferenciação entre educação inclusiva e educação especial, contextualizando as principais políticas públicas nacionais e internacionais que sustentam o paradigma da inclusão escolar. O estudo enfatiza a importância da escuta sensível e do olhar atento do professor na valorização das múltiplas formas de expressão dos alunos, compreendendo gestos, olhares e escolhas como linguagens legítimas da aprendizagem. A partir da observação da prática pedagógica, evidencia-se que a inclusão não se resume ao acesso à escola, mas se concretiza na garantia de participação e protagonismo estudantil. Conclui-se que a verdadeira inclusão demanda investimento contínuo em políticas públicas, formação docente, infraestrutura e mudança cultural, para que cada estudante seja reconhecido em sua singularidade e possa exercer autonomia e autoria em seu processo educativo.
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