MÚSICA, FASCISMO E ÓDIO: UMA ANÁLISE PSICANALÍTICA DO BLACK METAL NACIONAL-SOCIALISTA (NSBM)
DOI:
https://doi.org/10.63330/aurumpub.012-050Palavras-chave:
Black Metal Nacional-Socialista (NSBM), Fascismo, Discurso de ódio, Psicanálise, Estética musicalResumo
O presente estudo analisa o Black Metal Nacional-Socialista (NSBM) sob a perspectiva psicanalítica, investigando como a música, a estética e a ideologia desse movimento contribuem para a disseminação de discursos de ódio, intolerância e fascismo entre jovens. Observa-se que o gênero Black Metal, marcado historicamente por violência, transgressão e rebeldia, desenvolveu uma estética própria, incluindo corpse paint e uma iconografia macabra, que reforça sua identidade de ruptura com normas sociais e religiosas. O Black Metal Nacional-Socialista (NSBM) emerge como um desdobramento desse movimento, propagando ideais neonazistas por meio de letras, símbolos e performances, legitimando a supremacia ariana e a exclusão de grupos considerados “sub-humanos”. A análise evidencia a força das massas sobre o indivíduo, mostrando como processos inconscientes na adesão à massa reforçam comportamentos extremistas. A relevância do tema justifica-se social, política e cientificamente, permitindo compreender os mecanismos de atração e disseminação de ideologias extremistas e apontando para a necessidade de estratégias de enfrentamento que envolvam educação e reflexão crítica.
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