DIREITO À LEITURA PARA OS PRESOS E REDUÇÃO DA PENA: UM ESTUDO COMPARATIVO DE DADOS DO SENAPPEN ENTRE OS PERÍODOS DE 2023.1 E 2024.1

Autores

  • Fernanda Cláudia Araújo da Silva Autor

DOI:

https://doi.org/10.63330/aurumpub.012-032

Palavras-chave:

Remição, SENAPPEN, Leitura

Resumo

Analisam-se, comparativamente, dados do SENAPPEN entre os períodos de 2023.1 e 2024.1 acerca da concessão de remição da pena por meio da leitura. O texto descreve uma evolução normativa do Direito à remição pela leitura no ordenamento jurídico brasileiro, traz discussões sobre o alcance da leitura realizada pelo encarcerado. Apresenta-se, não somente como um mecanismo de diminuição da pena, mas, um instrumento de cidadania no contexto democrático. A remição da pena pela leitura implica na garantia de aplicação dos direitos humanos educacionais, assegurados por convenções internacionais, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos e as Regras Mínimas das Nações Unidas para o Tratamento de Presos, assim como pela legislação brasileira em contextos de privação de liberdade. Utiliza-se uma metodologia comparativa entre os dois períodos apresentados, bem como um estudo doutrinário para a parte descritiva da investigação realizada.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

AGAMBEN, Giorgio, Estado de exceção. Trad. Iraci D. Poleti. São Paulo: Bontempo, 2004.

BARONE, Richard M. De-programming prison libraries. Special Libraries, v. 68, n. 9, 1977. p. 293-298.

BURGOS Olïván, L., & SULÉ Duesa, A. La biblioteca del Centre Penitenciari de Joves de Barcelona. Revista Catalana de Documentación, 33, 2003, pp. 28-50.

CAMPOS, Aline, IRELAND, Timothy Denis. Ler na prisão: entre portas, mundos e janelas. Educação Unisinos, v. 25, 2021.

CEARÁ, Sistema prisional do Ceará lidera o ranking nacional de atividades complementares de educação para pessoas privadas de liberdade e se destaca na remição de pena pela leitura. Disponível em: https://www.sap.ce.gov.br/2025/06/16/sistema-prisional-do-ceara-lidera-o-ranking-nacional-de-atividades-complementares-de-educacao-para-pessoas-privadas-de-liberdade-e-se-destaca-na-remicao-de-pena-pela-leitura/. Acesso em: 11 ago. 2025

CLAUDE, R. P. Direito à educação e educação para os direitos humanos. Revista Internacional de Direitos Humanos, São Paulo, ano 2, n.2, p.37-63, 2005.

CNJ. Conselho Nacional de Justiça. Resolução nº 391/2021 Disponível em: https://www.cnj.jus.br/cnj-publica-orientacoes-sobre-remicao-de-pena-por-pratica-de-leitura-e-educacao/. Acesso em: 10 jul. 2024.

CNJ. Conselho Nacional de Justiça. Recomendação n. 44/2013. Disponível em: https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/1907. Acesso em: 08 dez. 2024.

CNJ. Conselho Nacional de Justiça. Regras de Bangkok: regras das Nações Unidas para o tratamento de mulheres presas e medidas não privativas de liberdade para mulheres infratoras. Coord.: Luís Geraldo Sant’Ana Lanfredi - Brasília: CNJ, 2016.

FERENHOF, Helio Aisenberg, Métodos Qualitativos De Pesquisa: De dados à Informação ao Conhecimento; Formando Pesquisadores. Eng. Manage., v.7, nº.19 • nov. 2018/fev. 2019, p.1-11.

FOUCAULT, M. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. Petrópolis: Vozes, 1986.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 42.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa, 19ª edição, Paz e Terra, Rio de Janeiro, 1996.

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Editora Paz e Terra, Rio de Janeiro, 1967.

GOFFMAN, Erving. Manicômios, prisões e conventos. Trad. D. M. Leite. 7. ed. São Paulo: Perspectiva, 2001.

GRABBE, W. Current developments in second language research. TESOL Quarterly, 25(3), 1991, pp. 375-406.

GRACIANO, M. A educação como direito humano: a escola na prisão. 2005. 150f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.

JAUSS, Hans Robert et al. A história da literatura como provocação à teoria literária. Ed. Ática, 1994.

JULIÃO, E., & PAIVA, J. A leitura no espaço carcerário. Perspectiva, 32(1), 2014, pp.111-128.

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 9 ed. São Paulo, Cortez, 2010.

LINDEMANN, C. R. Bibliotecas Prisionais: da prática bibliotecária à jurisprudência do livro e da leitura atrás das grades. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, [S. l.], v. 16, p. 1–27, 2020. Disponível em: https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/view/1485. Acesso em: 10 ago. 2025.

LOPES, Raquelini Maria Alvares Fontoura. A ditadura em face do Direito Fundamental à informação. IV Colóquio Internacional de Direito e Literatura: censura, democracia e direitos humanos. v. 1. 2016.

MONTEIRO, Eduardo Aleixo. Direito e Literatura no Brasil. Rev. de Direito, Arte e Literatura. Evento Virtual. v. 6. n. 1. p. 60-82. Jan-jun. 2020.

MORAES, V. D. Nos moinhos do cárcere: Dalcídio Jurandir, leitor de Dom Quixote de la Mancha. Literatura e Autoritarismo, [S. l.], n. 33, 2019. DOI: 10.5902/1679849X34991. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/LA/article/view/34991. Acesso em: 11 ago. 2025.

PETIT, Michèle. Leituras: do espaço íntimo ao espaço público. Trad. C. O. Souza. São Paulo: Ed. 34, 2013.

PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática? São Paulo: Editora Cortez, 2018.

RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

RIBEIRO, Maria Luzineide P. da Costa. Uma Teia de Relações: O Livro, a Leitura e a Prisão: Um estudo sobre a remição de pena pela leitura em Penitenciárias Federais Brasileiras. Tese de Doutorado, do Programa de Pós-graduação em Literatura e Práticas Sociais, UNB, 2017, 240f.

SENAPPEN. SENAPPEN registra crescimento no número de pedidos de remição pela leitura em todo o País. Disponível em: https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiNzNmZDVmMTAtNDFlYi00ZDM5LWJhYzctMTJlZWE4Y2RjY2FlIiwidCI6ImViMDkwNDIwLTQ0NGMtNDNmNy05MWYyLTRiOGRhNmJmZThlMSJ9 . Acesso em:10 ago.2025

SILVA, Airton Antônio da; CATALDO, Ulisses Heckmaier. A Escola como Lugar da Educação para a Liberdade. Revista Valore, Volta Redonda, 3 ed. (Edição Especial): 152-164, 2018.

STF. Supremo Tribunal Federal. Processo no. 0101977-48.2020.1.00.0000 (SC). Rel. Min. Ricardo Lewandowski. 2ª Turma, julgam.30.3.2021

TANGERINO, Davi de Paiva Costa, Crime e cidade: violência urbana e a Escola de Chicago. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.

UNODC. Regras Mínimas das Nações Unidas para o Tratamento de Reclusos. Viena, Áustria: UNODC, 2015.

Downloads

Publicado

2025-08-15

Como Citar

DIREITO À LEITURA PARA OS PRESOS E REDUÇÃO DA PENA: UM ESTUDO COMPARATIVO DE DADOS DO SENAPPEN ENTRE OS PERÍODOS DE 2023.1 E 2024.1. (2025). Aurum Editora, 404-416. https://doi.org/10.63330/aurumpub.012-032