DIMENSÕES SOCIOAMBIENTAIS DO TRABALHO DOS CATADORES: COMPARATIVO ENTRE AUTONOMIA E ASSOCIAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.63330/aurumpub.012-006Palabras clave:
Catadores, Resíduos Sólidos, ReciclagemResumen
O presente estudo aborda a problemática da gestão dos resíduos sólidos urbanos, com foco na atuação dos catadores de materiais recicláveis, distinguindo dois perfis predominantes: catadores autônomos e aqueles vinculados a associações ou cooperativas. O estudo visa propor intervenções e políticas públicas para o setor. A pesquisa contribui para a compreensão das dinâmicas socioambientais do setor informal de reciclagem e reforça a importância da organização coletiva como estratégia de inclusão produtiva e justiça ambiental. A pesquisa analisa criticamente o contexto socioambiental desses trabalhadores, considerando fatores como condições de trabalho, acesso a políticas públicas, produtividade, renda, organização coletiva e conhecimento socioambiental. A partir de dados empíricos obtidos por meio de questionários aplicados em campo, foi possível estabelecer uma comparação entre os dois grupos, evidenciando desigualdades estruturais. Catadores associados demonstram maior acesso a recursos, proteção social e inserção em redes de apoio, enquanto os autônomos enfrentam maior vulnerabilidade socioeconômica e ambiental. Além disso, são discutidos os entraves na cadeia de coleta seletiva, a aplicabilidade da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e os direitos trabalhistas desses profissionais. A pesquisa utilizou uma metodologia exploratória com dados primários e secundários (IBGE e IPEA) para comparar catadores de duas organizações: a cooperativa Milton Reciclagem e a associação Esperança Viva. Foram aplicados questionários, abordando inclusão social, dificuldades profissionais e educação ambiental. Algumas entrevistas foram feitas devido a uma melhor performance quando associado à compreensão dos questionários. A pesquisa conclui que as cooperativas oferecem condições mais favoráveis aos catadores em comparação à atuação autônoma. Catadores associados apresentam maior valorização profissional, qualificação técnica, visibilidade social e segurança no trabalho.
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