O ESQUECIMENTO DE SEGUNDA ORDEM: UMA ABORDAGEM FILOSÓFICA SOBRE A SATURAÇÃO DA MEMÓRIA E A CRISE DO SENTIDO NA ERA DIGITAL
DOI:
https://doi.org/10.63330/armv1n2-002Palavras-chave:
Esquecimento, Pós-memória, Arquivo, Saturação, Filosofia contemporâneaResumo
Este artigo propõe o conceito de esquecimento de segunda ordem como categoria filosófica que exprime uma mutação contemporânea da memória: não mais marcada por ausência, falha ou repressão, mas pela saturação simbólica e pelo arquivamento sem escuta. Em um tempo em que tudo é registrado, salvo e reprocessado, mas nada é simbolizado, o excesso de informação produz uma forma de esquecimento paradoxal: lembrar demais impede de lembrar com sentido. Partindo de fundamentos ontológicos (Heidegger), éticos (Levinas), críticos (Byung-Chul Han) e da filosofia do arquivo (Derrida), este artigo propõe um modelo de interpretação do colapso do simbólico na era da hipermemória e da pós-memória. A análise da obra literário-filosófica O Último Grão de Areia, do autor do presente artigo, serve como eixo dramatúrgico e alegórico da tese. Por fim, propõe-se uma reorientação da escuta filosófica em direção ao fragmento, ao vestígio e à ética do resto.
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