MERITOCRACY AND THE APPOINTMENT OF JUSTICES TO BRAZILIAN SUPERIOR COURTS: CHALLENGES AND REFORM PROPOSAL
DOI:
https://doi.org/10.63330/armv1n6-023Keywords:
Superior Courts, Meritocracy, Judicial Independence, Procedural Reform, Knowledge ExaminationAbstract
This article hypothesizes that the current appointment process for justices to Brazilian superior courts, focusing on the Supreme Federal Court, characterized by presidential discretion and the subjectivity of constitutional criteria such as “notable legal knowledge” and “unblemished reputation”, severely compromises judicial independence and public trust, leading to perceptions of politicization and institutional weakening. The relevance of this issue lies in society's growing crisis of confidence in the Judiciary, which demands urgent reforms for the legitimacy and stability of the rule of law, aiming to restore social appreciation. The research is qualitative, based on bibliographic and documental analysis, exploring the historical evolution of the process, current challenges, and discussing comparative models. It anticipates proposing a reformulated model that prioritizes meritocracy, introducing specific knowledge and practical examinations, a technical confirmation hearing conducted by a specialized commission, a mandatory political quarantine of at least five years for candidates with prior ties, and a mechanism for periodic renewal of the courts. Such measures aim for a more technical, impartial composition aligned with social needs, strengthening the credibility of the Brazilian Judiciary.
References
ABRAMOVICH, Víctor; COURTIS, Christian. Los derechos sociales como derechos exigibles. Madrid: Trotta, 2005.
ALVES, Fernando M. O ativismo judicial no Brasil: contornos e controvérsias. Revista de Direito Público, v. 23, n. 1, p. 45-62, 2023.
ARAGÃO, Alexandre. A escolha dos Ministros do STF: um olhar crítico sobre o processo de nomeação no Brasil. Revista de Direito Administrativo, v. 272, p. 11-28, 2016.
AVELINO, Ana Carolina. A Politização do Judiciário e o discurso de ativismo partidário. Cadernos Jurídicos, v. 15, n. 2, p. 89-105, 2022.
BARRETO, Luís. Critérios de Nomeação para o STF: em busca da objetividade. Revista Brasileira de Direito Constitucional, v. 18, p. 112-130, 2017.
BARROSO, Luís Roberto. Aqui, onde a história recomeça: a segurança jurídica e o novo Código de Processo Civil. São Paulo: Editora Forense, 2009.
BARROSO, Luís Roberto. Curso de Direito Constitucional Contemporâneo: os conceitos fundamentais e a construção do novo modelo. São Paulo: Saraiva Educação, 2017.
BARROSO, Luís Roberto. Judicialização, ativismo judicial e legitimidade democrática. Revista de Direito Administrativo, v. 259, p. 101-114, 2012.
BITENCOURT, Cezar Roberto. A Reforma da Previdência e seus impactos na Magistratura. Revista de Direito Previdenciário, v. 45, n. 3, p. 22-38, 2023.
BITTAR, Eduardo C. B. Curso de filosofia do direito. São Paulo: Atlas, 2018.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Brasília, 5 out. 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ Constituicao/Constituicao88.htm> Acesso em: 10 jun. 2025.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1967. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Brasília, 24 jan.1967. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao67.htm> Acesso em: 10 jun. 2025.
BRASIL. Constituição dos Estados Unidos do Brasil de 1946. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Rio de Janeiro, 18 set.1946. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao46.htm>. Acesso em: 10 jun. 2025.
BRASIL. Constituição dos Estados Unidos do Brasil de 1937. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Rio de Janeiro, 10 nov. 1937. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao37.htm>. Acesso em: 10 jun. 2025.
BRASIL. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1934. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Rio de Janeiro, 16 jul. 1934. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao34.htm>. Acesso em: 10 jun. 2025.
BRASIL. Constituição dos Estados Unidos do Brasil de 1891. Rio de Janeiro, 24 fev. 1891. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao91.htm>. Acesso em: 10 jun. 2025.
CAMPOS, Pedro. Sabatina no Senado: um ritual político ou um filtro necessário? Revista de Ciência Política, v. 10, n. 2, p. 78-95, 2018.
CAPPELLETTI, Mauro. O controle judicial de constitucionalidade no direito comparado. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1989.
CARVALHO, José Murilo de. A formação das almas: o imaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
CINTRA, Antonio Carlos de Araújo; GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria geral do processo. São Paulo: Malheiros, 2011.
COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos Direitos Humanos. São Paulo: Saraiva, 2011.
CUNHA, Alexandre. Reforma do judiciário: propostas e desafios. Revista de Estudos Jurídicos, v. 5, n. 1, p. 33-49, 2016.
DALARI, Dalmo de Abreu. O controle social dos poderes públicos. São Paulo: Ed. Revistas dos Tribunais, 2011.
DAVID, René. Os grandes sistemas do Direito Contemporâneo. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: teoria geral do direito civil. São Paulo: Saraiva Educação, 2020.
DINIZ, Maria Helena. Sistema constitucional e atuação judicial. Revista de Direito Constitucional, v. 28, n. 1, p. 1-15, 2021.
EPSTEIN, Lee; SEGAL, Jeffrey A. Advice and Consent: the politics of judicial appointments. New York: Oxford University Press, 2005.
FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. São Paulo: Globo, 2001.
FERRAZ, Tércio Sampaio. Função Social da Propriedade e Direito Civil. Revista Forense, v. 427, p. 11-28, 2015.
FERRAZ, Tércio Sampaio. Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão, dominação. São Paulo: Atlas, 2019.
GASPARI, Elio. A ditadura envergonhada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
GONÇALVES, Flávio. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
GRAU, Eros Roberto. Ensaio e discurso sobre a interpretação/aplicação do Direito. São Paulo: Malheiros, 2007.
ISENSEE, Josef; KIRCHHOF, Paul (Org.). Handbuch des Staatsrechts der Bundesrepublik Deutschland. Heidelberg: C.F. Müller, 2006. v. 1.
KOERNER, Andrei. A Construção da autonomia do judiciário brasileiro. Revista de Sociologia e Política, v. 27, n. 70, p. 43-62, 2019.
LIMA, Ana C. Crise de confiança no judiciário: causas e consequências. Jornal de Debates Jurídicos, v. 12, n. 4, p. 1-15, 2020.
LÓPEZ GUERRA, Luis. El Tribunal Constitucional. Madrid: Civitas, 2004.
MEDEIROS, Paulo. A seletividade dos julgamentos no STF: uma análise crítica. Revista de Processo Civil, v. 8, n. 2, p. 25-40, 2020.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros, 2014.
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Controle de Constitucionalidade: teoria e prática. São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva Educação, 2017.
MIRANDA, Jorge. Manual de Direito Constitucional. v. 2. Coimbra: Coimbra Editora, 2010.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2010.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2018.
NOGUEIRA, Rubem. A Ditadura e o Judiciário. São Paulo: Brasiliense, 1995.
OLIVEIRA, Rodrigo. Hermenêutica Constitucional e os limites da interpretação judicial. Revista de Hermenêutica Jurídica, v. 1, n. 1, p. 10-25, 2021.
PEREIRA, Carlos. A vitaliciedade na magistratura: benefício ou obstáculo à renovação. Revista de Direito Judiciário, v. 30, n. 1, p. 1-18, 2024.
PINHO, Rodrigo. Teoria Geral da Constituição e Direitos Fundamentais. São Paulo: Saraiva Educação, 2015.
RAMOS, André de Carvalho. Curso de Direitos Humanos. São Paulo: Saraiva Educação, 2019.
REALE, Miguel. Filosofia do Direito. São Paulo: Saraiva, 2003.
SARLET, Ingo Wolfgang; MARINONI, Luiz Guilherme; MITIDIERO, Daniel. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva Educação, 2015.
SARMENTO, Daniel. O controle de constitucionalidade e a Hermenêutica Constitucional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2012.
SARMENTO, Daniel. Teoria e prática do ativismo judicial. Revista de Direito Público, v. 2, n. 1, p. 1-15, 2023.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Malheiros, 2005.
SILVA, Rodrigo. Reforma do Judiciário: propostas para mandatos fixos. Estudos de Direito Constitucional, v. 20, n. 1, p. 1-10, 2024.
SOARES, Guido Fernando Silva. Curso de Direito Internacional Público. São Paulo: Atlas, 2012.
TOMÁS Y VALIENTE, Francisco. Judicial appointments in Spain. In: GOLDEN, Miriam A.; SHELDON, Charles H. (Org.). Judicial appointments in comparative perspective. New York: Oxford University Press, 1994. p. 135-156.
TRIBE, Laurence H.; MATZ, Joshua. Uncertain Justice: the Roberts court and the Constitution. New York: Henry Holt and Company, 2014.
VIEIRA, Oscar Vilhena. A Constituição e sua leitura: o processo decisório do Supremo Tribunal Federal. São Paulo: Malheiros, 2013.
VIEIRA, Oscar Vilhena. O Supremo Tribunal Federal: função política e atuação jurisdicional. São Paulo: Malheiros, 2015.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Viviane Cristina Martiniuk (Autor)

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
 
						 
							