NANOPARTÍCULAS PARA O TRATAMENTO DE LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA
DOI:
https://doi.org/10.63330/armv1n9-045Palavras-chave:
Leucemia, Nanotecnologia, Nanotecnologia na leucemia, CâncerResumo
INTRODUÇÃO: Este artigo sintetiza o potencial terapêutico das nanopartículas no tratamento da leucemia mieloide aguda, destacando seus principais mecanismos de ação e vantagens em relação às terapias convencionais. A nanotecnologia tem se mostrado um campo promissor por permitir maior seletividade, eficiência e redução de efeitos adversos no tratamento oncológico. METODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica descritiva em bases científicas, identificando inicialmente 68 estudos publicados entre 2017 e 2025. Após a aplicação de critérios de inclusão — como o uso de nanopartículas e a apresentação de resultados terapêuticos relevantes — 10 artigos foram selecionados para análise. A avaliação considerou títulos, resumos e a leitura integral dos estudos elegíveis, permitindo reunir evidências atualizadas sobre o tema. RESULTADOS: As nanopartículas abordadas nos estudos incluíram lipossomos, nanopartículas inorgânicas e sistemas baseados em microRNAs. Os lipossomos demonstraram alta capacidade de direcionamento seletivo às células leucêmicas, além de maior eficiência na entrega de fármacos. Nanopartículas inorgânicas, como partículas de ouro e óxido de ferro, apresentaram aplicações tanto terapêuticas quanto diagnósticas, abrangendo ablação térmica, liberação controlada de medicamentos e atuação como agentes de imagem. Já os sistemas baseados em microRNAs mostraram capacidade de modular vias relacionadas à proliferação e resistência tumoral. A combinação entre nanopartículas e miRNAs potencializou efeitos pró-apoptóticos, reduziu a viabilidade celular e aumentou a seletividade das intervenções. Os estudos destacaram ainda a redução da toxicidade sistêmica, melhora da biodisponibilidade e a superação de mecanismos de resistência medicamentosa. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os achados indicam que as nanopartículas representam uma estratégia terapêutica promissora, oferecendo abordagens mais eficazes, seguras e direcionadas para o tratamento da leucemia mieloide aguda.
Referências
BISHOYI, A. K. et al. Nanotechnology in leukemia therapy: revolutionizing targeted drug delivery and immune modulation. Clinical and Experimental Medicine, v. 25, p. 166, 2025.
DAVIS, M. E.; CHEN, Z. G.; SHIN, D. M. Nanoparticle therapeutics: an emerging treatment modality for cancer. Nature Reviews Drug Discovery, v. 7, n. 9, p. 771–782, 2008.
ESTEY, E. H. Acute myeloid leukemia: The good, the bad, and the ugly. Current Oncology Reports, v. 22, n. 3, p. 28, 2020.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER – INCA. O que é câncer? INCA, 2020. Acesso em: 07/11/2025.
MOHANTY, C.; SAHOO, S. K. The nanomedicine revolution: Challenges and opportunities. Frontiers in Pharmacology, v. 8, p. 14, 2017.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE – OPAS. Câncer. OPAS, 2018. Acesso em: 07/11/2025.
REVISTA FT. O uso do nanomaterial e do miRNA como adjuvante no tratamento de leucemia mieloide aguda. Revista Formação Técnica, 2023. Acesso em: 9 jun. 2025.
SALAMA, M. M. et al. Nanotechnology in leukemia: diagnosis, efficient-targeted drug delivery, and clinical trials. European Journal of Medical Research, v. 28, p. 566, 2023.
STONE, R. M.; LOWENBERG, B. Acute myeloid leukemia. New England Journal of Medicine, v. 384, n. 17, p. 1656–1670, 2021.
VENTOLA, C. L. Progress in nanomedicine: Approved and investigational products. Pharmacy and Therapeutics, v. 42, n. 12, p. 742, 2017.
WANG, Y. et al. A review of common immunotherapy and nanoimmunotherapy for acute myeloid leukemia. Frontiers in Immunology, v. 16, p. 1505247, 2025.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
