O MANEJO DA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR) NO DEPARTAMENTO DE EMERGÊNCIA

Autores

  • Vanessa Batista Pereira Autor
  • Antônio de Medeiros Pereira Filho Autor
  • Marcos Paulo Parente Araújo Autor
  • Máira Santiago Pires Parente Autor
  • Ilana Azevedo de Amorim Autor
  • Silvia Maria dos Passos Autor

DOI:

https://doi.org/10.63330/aurumpub.012-018

Palavras-chave:

Parada cardiorrespiratória, Ressuscitação cardiopulmonar, Circulação espontânea, Suporte básico de vida, Emergência

Resumo

O manejo da parada cardiorrespiratória (PCR) na emergência é uma situação crítica que exige ação rápida e coordenada. A sobrevivência depende da rapidez e eficiência das intervenções, seguindo protocolos estabelecidos e baseados em evidências científicas. O sucesso do atendimento se inicia com a identificação precoce da PCR, caracterizada pela ausência de pulso e respiração eficaz. A sequência de ações inicia com a ativação imediata do sistema de resposta a emergências (chamada para o SAMU 192, por exemplo), comunicando a situação e localização da vítima. Simultaneamente, inicia-se a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) básica, composta por compressões torácicas eficazes e ventilações de resgate. A profundidade das compressões deve ser de pelo menos 5cm, com uma frequência de 100-120 por minuto, minimizando interrupções. A relação compressão-ventilação em adultos é de 30:2. Após a chegada do suporte avançado de vida (SAL), a equipe médica assume o controle, estabelecendo um acesso venoso para administração de medicamentos e fluidos. A monitorização eletrocardiográfica (ECG) é fundamental para identificar o ritmo cardíaco e guiar o tratamento. A desfibrilação, quando indicada (fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso), é uma intervenção crucial para restaurar o ritmo cardíaco normal. A administração de adrenalina, amiodarona e outros fármacos é realizada de acordo com o ritmo detectado e as diretrizes atuais. A intubação endotraqueal garante a via aérea definitiva, permitindo a ventilação mecânica e a administração de oxigênio. A monitorização contínua dos sinais vitais, incluindo pressão arterial, frequência cardíaca, saturação de oxigênio e capnografia, é essencial para avaliar a resposta ao tratamento. Após a recuperação da circulação espontânea (RCE), os cuidados devem se concentrar na estabilização hemodinâmica, na prevenção de complicações e na identificação da causa subjacente da PCR. A hipotermia terapêutica, em casos selecionados, pode melhorar o prognóstico neurológico. A reanimação pós-PCR inclui suporte ventilatório, monitorização cardíaca contínua, controle de glicose e manejo de possíveis complicações como arritmias e disfunção orgânica. A avaliação neurológica cuidadosa e a reabilitação são importantes para a recuperação a longo prazo. A educação da população sobre a RCP básica é fundamental para aumentar as chances de sobrevivência em casos de PCR. A atuação em equipe, a comunicação eficaz e o treinamento contínuo são essenciais para o sucesso do manejo da PCR na emergência.

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Publicado

2025-08-14

Como Citar

O MANEJO DA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR) NO DEPARTAMENTO DE EMERGÊNCIA. (2025). Aurum Editora, 209-226. https://doi.org/10.63330/aurumpub.012-018