ADAPTAÇÕES RAZOÁVEIS COMO DETERMINANTE DE SAÚDE: ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE A INCLUSÃO REAL E A PREVENÇÃO DA ALTA ROTATIVIDADE EM TRABALHADORES NEURODIVERGENTES E PCD

Autores

  • Dandara Barroso Calisto Autor

DOI:

https://doi.org/10.63330/aurumpub.014-023

Palavras-chave:

Adaptações razoáveis, Rotatividade, Saúde mental, Burnout, Capacitismo

Resumo

Este estudo teórico analisa a conexão direta entre a ausência de adaptações razoáveis e o impacto na saúde mental e taxa de rotatividade de trabalhadores neurodivergentes (ND) e pessoas com deficiência (PcD). O foco reside na falha estrutural do ambiente corporativo em prover esses ajustes, que são a base legal da inclusão real no Estatuto da Pessoa com Deficiência (LBI). A análise teórica demonstra que a negação dessas adaptações expõe os profissionais a barreiras invisíveis e microagressões, resultando em estresse crônico e risco elevado de esgotamento profissional (burnout). Por meio da Análise Crítica do Discurso (ACD) como lente teórica, o trabalho conclui que essa dinâmica de exclusão simbólica e estrutural é a causa direta da elevada taxa de rotatividade desses trabalhadores. Conclui-se que o investimento em adaptações razoáveis é a estratégia mais eficaz para garantir a permanência e a saúde coletiva no ambiente de trabalho, desafiando o capacitismo corporativo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Nota descritiva sobre a pesquisa bibliográfica: A pesquisa foi conduzida nas seguintes bases de dados acadêmicas: Scielo, Google Scholar, Periódicos CAPES, e Web of Science.

ARMSTRONG, T. The power of neurodiversity: unleashing the advantages of your differently wired brain. Cambridge: Da Capo Lifelong Books, 2011.

BERTOLOTTO, L.; MENDES, R. Neurodiversidade no mercado de trabalho: desafios e oportunidades. Revista Diversidade em Foco, [S. l.], v. 3, n. 1, 2022.

BIANCHI, L. A gestão da diversidade no Brasil: entre o discurso e a prática. Revista Administração em Diálogo, [S. l.], v. 21, n. 2, 2019.

BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 7 jul. 2015. Disponível em: [https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm]. Acesso em: [30.09.2025].

BUSS, P. M.; PELLEGRINI FILHO, A. A saúde e seus determinantes sociais. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, p. 77-93, 2007.

FAIRCLOUGH, N. Discurso e mudança social. Brasília: Editora da UnB, 2001.

FOUCAULT, M. Microfísica do poder. 10. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1979.

MARTINS, C. A invisibilidade da neurodiversidade nas políticas de inclusão corporativa. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, [S. l.], v. 17, n. 3, 2021.

ROSE, N. Governando as almas: a construção do eu psicológico. In: SILVA, T. T. da (Org.). O sujeito da educação: estudos foucaultianos. Petrópolis: Vozes, 1999.

SINGER, J. Odd People In: The Birth of Community Amongst People on the 'Autistic Spectrum'. 1998. 99 p. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – University of Technology Sydney, Sydney, 1998

Downloads

Publicado

2025-10-06

Como Citar

ADAPTAÇÕES RAZOÁVEIS COMO DETERMINANTE DE SAÚDE: ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE A INCLUSÃO REAL E A PREVENÇÃO DA ALTA ROTATIVIDADE EM TRABALHADORES NEURODIVERGENTES E PCD. (2025). Aurum Editora, 287-292. https://doi.org/10.63330/aurumpub.014-023