ALÉM DO ENVELHECIMENTO NORMAL: A AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA NA IDENTIFICAÇÃO DE TRANSTORNOS COGNITIVOS EM IDOSOS
DOI:
https://doi.org/10.63330/aurumpub.014-008Palavras-chave:
Cognição, Transtornos neurocognitivos, Avaliação neuropsicológica, Idosos, EnvelhecimentoResumo
A cognição é o conjunto de processos mentais que nos permite adquirir, processar e utilizar informações, englobando funções como memória, atenção, linguagem e raciocínio. É a base para nossa interação com o mundo. Com o envelhecimento, algumas alterações cognitivas podem surgir. Quando o declínio é significativo, ele é classificado como um transtorno neurocognitivo. Esses transtornos são divididos em duas categorias. A primeira é a de transtornos leves, nos quais o indivíduo e seus familiares percebem uma pequena perda de função, mas ela não interfere de forma substancial na capacidade de realizar as atividades diárias. A segunda categoria é a de transtornos maiores, onde o declínio cognitivo é acentuado, comprometendo a independência e a autonomia do indivíduo em tarefas complexas, como gerenciar finanças, tomar decisões ou cuidar da própria higiene. Para diferenciar o envelhecimento normal de um transtorno, a avaliação neuropsicológica é uma ferramenta essencial. Em idosos, essa avaliação tem como foco identificar déficits específicos em áreas como memória (episódica e de trabalho), atenção (sustentada e seletiva) e funções executivas (planejamento, flexibilidade mental e controle inibitório). O processo utiliza uma bateria de testes padronizados e a coleta detalhada do histórico do paciente e de seu comportamento. Esse método completo e estruturado é crucial para fornecer um diagnóstico preciso e, a partir dele, elaborar um plano de intervenção adequado para melhorar a qualidade de vida do idoso e de sua família.
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