A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO DO PSICÓLOGO COM FAMILIARES DE PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS DE CÂNCER
DOI:
https://doi.org/10.63330/armv1n8-001Palavras-chave:
Psicologia hospitalar, Cuidados paliativos, Psicologia em saúdeResumo
Os cuidados paliativos oncológicos têm ganhado destaque nas discussões sobre saúde e qualidade de vida, contudo, ainda são escassos os estudos que abordam a atuação do psicólogo junto aos familiares de pacientes em fase terminal. Essa lacuna revela a necessidade de aprofundar a compreensão sobre como a intervenção psicológica pode auxiliar no enfrentamento do sofrimento emocional e na elaboração saudável do luto. Diante disso, a presente pesquisa teve por objetivo demonstrar de que maneira o atendimento psicológico aos familiares de pacientes com câncer em cuidados paliativos contribui para o enfrentamento da finitude e para a prevenção de transtornos psíquicos, além de identificar as principais competências e desafios envolvidos nessa prática. Para tanto, realizou-se uma revisão narrativa da literatura disponíveis nas bases SciELO, PePSIC e PubMed, bem como em documentos institucionais da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar (SBPH). A análise de 25 fontes evidenciou a relevância da atuação do psicólogo na escuta e acolhimento dos familiares, na mediação de conflitos, na psicoeducação sobre o processo de adoecimento e luto, e na prevenção do sofrimento psíquico. Entre os desafios mais recorrentes, destacam-se a comunicação de notícias difíceis e o pacto de silêncio frequentemente estabelecido entre equipe, paciente e família. Conclui-se que a intervenção psicológica é essencial nos cuidados paliativos, promovendo a humanização do cuidado, o fortalecimento emocional dos envolvidos e a melhoria da qualidade de vida diante da terminalidade.
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