DESAFIOS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NOS ANOS INICIAIS
DOI:
https://doi.org/10.63330/aurumpub.018-012Palavras-chave:
Educação inclusiva, Formação de professores, Anos iniciais, Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA), Ensino colaborativoResumo
O artigo em questão investiga os obstáculos estruturais e metodológicos que enfraquecem a capacitação de professores para uma atuação eficaz na Educação Inclusiva nos primeiros anos do Ensino Fundamental. Com base na legislação brasileira (LBI, PNEEPEI) e em análises acadêmicas, a pesquisa revela que a concretização do direito à educação para todos é impedida pela contínua falta de competência técnica e instrumental dos educadores. São observadas deficiências persistentes na Formação Inicial, onde a inclusão é abordada de maneira fragmentada, rasa e desconectada da prática, sem a necessária formação em metodologias essenciais como o Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA). Ao mesmo tempo, a Formação Continuada sofre com modelos que estão descontextualizados, são verticais e não se conectam com o apoio interprofissional e a valorização dos docentes. Esses problemas geram barreiras atitudinais, excesso de carga de trabalho e um esvaziamento curricular nos Anos Iniciais. Com um caráter propositivo, o artigo sugere formas de superação, incluindo a incorporação do DUA como um princípio abrangente, a implementação da Pesquisa-Ação e do Ensino Colaborativo em serviço, além da necessidade urgente de políticas que assegurem a valorização dos profissionais e um apoio intersetorial (Saúde e Assistência Social). Em sua conclusão, afirma-se que a superação das dificuldades na formação é a base principal para converter a insegurança dos educadores em competência e para transformar a escola em um espaço genuinamente justo e acessível.
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