A ESCOLA COMO ESPAÇO DE ESCUTA E ACOLHIMENTO DE NARRATIVAS NEGRAS

Autores

  • Elberto Teles Ribeiro Autor
  • Florence Joyce Lopes Rosa Autor
  • Eduarda Anahí Lazcano Autor
  • Cristiane Falcão de Sousa Autor
  • Michele Maria Silva Franco Autor
  • Augusta Isabel Junqueira Fagundes Autor
  • Vívian Ahuké Alves Barros Valadares Autor
  • Andréa Barreto Pazinatto Moraes Autor
  • Beatriz Belizie Souza Casari Autor
  • Maria Luiza Souza Autor

DOI:

https://doi.org/10.63330/aurumpub.020-008

Palavras-chave:

Educação antirracista, Identidade étnico-racial, Acolhimento escolar

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre a importância da escola como espaço de escuta e acolhimento de narrativas negras, promovendo o reconhecimento e a valorização das identidades étnico-raciais no ambiente escolar. A pesquisa foi desenvolvida na Escola Municipal José Eduardo Canuto Estolano – Perequeté, localizada no distrito de Itahum, em Dourados-MS, durante o primeiro semestre letivo de 2025, nas aulas de Geografia com turmas do 2º ao 5º ano do ensino fundamental. A metodologia adotada foi de caráter qualitativo, fundamentada na observação participante e em rodas de conversa que possibilitaram aos estudantes expressarem suas vivências, tradições e crenças. Ao longo do projeto, observou-se que os alunos negros e indígenas, inicialmente silenciados, passaram a se engajar de forma mais ativa, demonstrando maior autoestima, pertencimento e envolvimento nas atividades escolares. Os resultados evidenciam que a criação de espaços de diálogo e escuta contribui significativamente para o fortalecimento da identidade cultural e para a construção de uma educação antirracista. Conclui-se que práticas pedagógicas pautadas na escuta e no acolhimento são fundamentais para promover a equidade, o respeito e a valorização da diversidade nas escolas públicas brasileiras.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

CAVALLEIRO, Eliane dos Santos. Do silêncio do lar ao silêncio escolar: racismo, preconceito e discriminação na educação infantil. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2000.

Evaristo, Conceição. Escrevivências: a escrita de nós. In: DUARTE, Constância Lima; NASCIMENTO, Elisa Larkin (orgs.). Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica. Belo Horizonte: UFMG, 2011. p. 329–333.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GOMES, Nilma Lino. O movimento negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis: Vozes, 2017.

HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Tradução de Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 2013.

(Obra original: Teaching to Transgress: Education as the Practice of Freedom, 1994.)

JESUS, Maria Carolina de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. 10. ed. São Paulo: Ática, 1960.

MARTINS, Leda Maria. Afrografias da memória: o reinado do Rosário no Jatobá. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2002.

MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. Petrópolis: Vozes, 2004.

Downloads

Publicado

2025-10-15

Como Citar

A ESCOLA COMO ESPAÇO DE ESCUTA E ACOLHIMENTO DE NARRATIVAS NEGRAS. (2025). Aurum Editora, 92-103. https://doi.org/10.63330/aurumpub.020-008