GERMINAÇÃO, DESENVOLVIMENTO INICIAL E EFEITO DA ADUBAÇÃO FOLIAR NOS ASPECTOS MORFOFISIOLÓGICOS DA CASTANHA DO MARANHÃO

Resumo

A castanha-do-Maranhão configura-se como uma espécie nativa com alta viabilidade de uso em diferentes formas. É empregada na arborização da cidade de Imperatriz – MA, na produção de sabão e, mais recentemente, na elaboração de chocolate. Apesar de sua relevância, ainda há poucas informações sobre o início da produção, aspectos morfológicos e a germinação das sementes. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a germinação, o desenvolvimento inicial e a resposta à adubação foliar no cultivo da castanha-do-Maranhão. Foram realizados dois experimentos subsequentes. No primeiro, avaliou-se a germinação de sementes em solo com pH ácido; no segundo, aplicou-se bioestimulante associado à adubação foliar, em delineamento de blocos ao acaso, com 10 repetições. Os resultados indicaram que a germinação iniciou no 8º dia após a semeadura (DAS) e se estabilizou no 10º DAS, alcançando 98% de germinação. As plântulas apresentaram valores médios de altura, comprimento do epicótilo, hipocótilo, raiz, diâmetro do caule e massa fresca total de 11,82 cm, 5,12 mm, 8,50 mm, 6,64 cm, 3,0 mm e 6,4 g, respectivamente. No segundo experimento, observou-se que o tratamento com bioestimulante foi o mais expressivo, promovendo maior ganho em clorofila total, número de folhas e diâmetro do caule em relação à testemunha. Conclui-se que sementes de castanha-do-Maranhão apresentam boa adaptabilidade e germinação em condição de solo ácido. Além disso, a aplicação foliar de bioestimulante associado à presença de aminoácidos essenciais, pode intensificar a atividade fotossintética, favorecendo o acúmulo de massa foliar e o incremento no diâmetro do caule.