A LÓGICA GERENCIALISTA DE GAULEJAC APLICADA À GESTÃO DE ESPAÇOS NATURAIS

Autores

  • Andreza de Oliveira Ribeiro Autor
  • Fabrízio Ramos Martins Autor
  • Luciana Genuino Machado Autor
  • Matheus Azevedo Medeiros Autor
  • Paulo Roberto Alves Falk Autor
  • Ricardo Fernando Moreira Floriani Autor
  • Simone Regina Alves Julio Rausch Autor

DOI:

https://doi.org/10.63330/aurumpub.004-005

Palavras-chave:

Gestão gerencialista, Trilhas na natureza, Sustentabilidade ambiental

Resumo

Este estudo analisa criticamente a exploração de trilhas na natureza a partir dos conceitos apresentados em Gestão como doença social, de Gaulejac, buscando compreender como a lógica gerencialista influencia o uso desses espaços e quais impactos socioambientais resultam da ausência de responsabilidade ambiental. O objetivo é interpretar tais conceitos aplicados à gestão de áreas naturais, discutir as consequências de uma exploração voltada exclusivamente ao lucro e apontar diretrizes para um manejo sustentável. A metodologia adotada foi qualitativa e exploratória, com base em análise documental e bibliográfica de obras e estudos sobre ecoturismo, manejo de trilhas, conservação ambiental e gestão de recursos naturais, priorizando uma perspectiva interdisciplinar. Os resultados indicam que a lógica gerencialista, quando aplicada de forma acrítica, tende a tratar os ambientes naturais como recursos descartáveis, gerando pressões que afetam a biodiversidade, a qualidade da experiência e a autonomia das comunidades locais. Conclui-se que uma gestão coerente deve equilibrar uso recreativo e preservação ambiental, mantendo o compromisso ético com a continuidade desses espaços para as próximas gerações.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ALMEIDA, J. C.; FROEHLICH, J. M.; RIEDL, M. (org.). Turismo rural e desenvolvimento sustentável. Campinas, SP: Papirus, 2000.

ARANCÍBIA, S. D.; CAVALCANTE, A. de M. B. Conservação da biodiversidade e da paisagem através de trilhas com sinalização para o ecoturismo, na Reserva Ecológica de Sapiranga, Ceará. Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC, Fortaleza: Anais, 2005.

BALMFORD, A.; BERESFORD, J.; GREEN, J.; NAIDOO, R.; WALPOLE, M.; MANICA, A. A global perspective on trends in nature-based tourism. Plos Biology, v. 7, p. e1000144, 2009.

BRUHNS, H. O ecoturismo e mito da natureza intocada. Acta Scientiarum. Human and Social Science, v. 60, p. 157-164, 2010.

CAMPANHOLA, C.; GRAZIANO DA SILVA, J. Panorama do turismo no espaço rural brasileiro: nova oportunidade para o pequeno agricultor. In: I CONGRESSO BRASILEIRO DE TURISMO RURAL, Piracicaba (SP). Anais I Congresso Brasileiro de Turismo Rural. Piracicaba (SP): FEALQ, 1999.

EISENLOHR, P. V.; MELO, M. M. R. F.; SILVA, A. V. Trilhas afetam comunidades arbóreas florestais? Dois levantamentos na Floresta Atlântica do sudeste brasileiro. Hoehnea, v. 36, p. 293-302, 2009.

FERREIRA, I. G. S.; PANSANATOM, M. O.; MELLONI, R.; NUNES JUNIOR, P. C. Impactos, turismo sustentável e educação ambiental: o caso do Monumento Natural Pedra do Baú. In: CONGRESSO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE, 21., 2024, Poços de Caldas. Anais Congresso Nacional de Meio Ambiente. Poços de Caldas. 2024.

FIGUEIREDO, L. A. V. de. Ecoturismo e participação popular no manejo de áreas protegidas: aspectos conceituais, educativos e reflexões. In: RODRIGUES, A. B. (org.). Turismo e Ambiente – Reflexões e Propostas. São Paulo: Hucitec, 2000.

FONSECA FILHO, R. E.; VARAJÃO, A. F. D. C.; FIGUEIREDO, M. A. Qualidade do solo como um atributo para uma metodologia de manejo de trilhas do Parque Nacional da Serra do Cipó (MG). Revista Brasileira de Ecoturismo, v. 4, p. 508, 2011.

GAULEJAC, V. de. Gestão como doença social: ideologia, poder gerencialista e fragmentação social. Tradução Ivo Storniolo. Aparecida, SP: Ideias & Letras, 2007. (Coleção Management, 4).

GUSTAFSSON, B. Scope and limits of the market mechanism in environmental management. Ecological Economics, v. 24, p. 259-274, 1998.

HERRERA, A. D. A Grande Jornada: A Crise Nuclear e o Destino Biológico do Homem. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 1982.

JORDAN III, W. R. The sunflower forest: ecological restoration and the new communion with nature. Berkeley: University of California Press, 2003.

NETTO, Sebastião Vieira de Freitas; SOBRAL, Marcos Felipe Falcão; RIBEIRO, Ana Regina Bezerra; et al. Concepts and forms of greenwashing: a systematic review. Environmental Sciences Europe, v. 32, Art. 19, 11 fev. 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1186/s12302-020-0300-3

OBERMILLER, F. W. Natural resource economics: a primer. Oregon State University, 1989. 60 p. (mimeo).

OLIVEIRA, I. R.; MILIOLI, G. A urbanização e os desafios conceituais do ecossistema: uma contribuição à aplicabilidade do desenvolvimento sustentável para o município de Criciúma, Santa Catarina, Brasil. Territórios, n. 29, 2013. Disponível em: < Redalyc.A urbanização e os desafios conceituais do ecossistema: uma contribuição à aplicabilidade do desenvolvimento sustentável para o município de Criciúma, Santa Catarina, Brasil >. Acesso em: 12 abr. 2025.

PEARCE, D. W. Economic value and the natural world. Cambridge, Massachusetts: The MIT Press, 1993.

RANDALL, A. Resources Economics: An Economic Approach to Natural Resources and Environmental Policy. 2. ed. New York: John Wiley & Sons, 1987.

REES, J. Natural Resources: Allocation, Economics and Policy. 2. ed. London: Routledge, 1990.

RODRIGUES, A. B. Turismo e Ambiente – Reflexões e Propostas. São Paulo: Hucitec, 2000.

RUSCHMANN, D. V. D. M. Turismo e Planejamento Sustentável. São Paulo: Papirus, 1997.

SÁNCHEZ, L. E. Gerenciamento ambiental e a indústria de mineração. Revista de Administração, v. 29, n. 1, p. 67-75, 1994.

VIANNA, M. D. B.; VERONESE, G. Políticas ambientais empresariais. Revista de Administração Pública, Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, v. 26, n. 1, p. 123-144, jan./mar. 1992.

Downloads

Publicado

2025-08-19

Como Citar

A LÓGICA GERENCIALISTA DE GAULEJAC APLICADA À GESTÃO DE ESPAÇOS NATURAIS. (2025). Aurum Editora, 52-66. https://doi.org/10.63330/aurumpub.004-005