O USO DAS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DE ESTUDANTES AUTISTAS
DOI:
https://doi.org/10.63330/aurumpub.002-019Palavras-chave:
Tecnologias Assistivas, Alfabetização, Transtorno do Espectro AutistaResumo
O aumento do número de matrículas de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas escolas brasileiras, tem sinalizado a necessidade de práticas educativas mais alicerçadas nos princípios da inclusão. Em contrapartida, compreender a condição da pessoa com TEA e os mecanismos que contribuem para o seu processo de aprendizagem, especialmente no campo da alfabetização, tem configurado um enorme desafio para os profissionais da educação no cenário nacional. Nesse contexto, as Tecnologias Assistivas surgem como ferramentas capazes de potencializar o desenvolvimento de habilidades cognitivas, comunicativas e sociais no processo de ensino-aprendizagem de estudantes com necessidades educacionais especiais. Em decorrência disso, o presente estudo consiste em uma revisão de literatura, ancorado numa abordagem qualitativa, que concentra suas análises em torno do uso das tecnologias Assistivas nas práticas de alfabetização de estudantes com TEA, a partir das discussões presentes em pesquisas científicas contemporâneas. O arcabouço teórico da pesquisa foi construído através da apropriação dos dispositivos legais referentes ao TEA (Lei nº 12.764/2012 e Benute et al, 2020), das Tecnologias Assistivas (Lei nº 13.146/2015 e Bersch, 2017) e dos conceitos de alfabetização e letramento (BNCC, 2018; Soares, 2009; Kleiman, 1995). As análises tecidas no estudo revelam que as Tecnologias Assistivas são ferramentas eficazes no processo de alfabetização de estudantes autistas e constituem-se como aliadas no desenvolvimento da autonomia desses estudantes, conduzindo-os à inclusão social.
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Referências
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