A FORMAÇÃO DOCENTE E OS DESAFIOS TECNOLÓGICOS: PERSPECTIVAS CRÍTICAS E CAMINHOS POSSÍVEIS
DOI:
https://doi.org/10.63330/aurumpub.002-016Palavras-chave:
Formação docente, Tecnologia, Professores, Escola pública, Letramento digital, Inteligência artificialResumo
O texto, fundamentado em autores como Valente (2005), Sancho (2006), Papert (1985), Lévy (1999), Fairclough (2001), Quijano (2005) e Silva (2022), discute a necessidade de uma formação docente contínua e adaptada às transformações sociais e tecnológicas, enfatizando que os professores devem ser agentes de inovação e desenvolvimento. A formação inicial dos docentes no Brasil é considerada frágil, com ênfase excessiva em conteúdos teóricos e pouca atenção ao uso crítico das tecnologias na educação. A prevalência de cursos de licenciatura na modalidade a distância e em instituições privadas agrava essa situação, resultando em professores que entram nas salas de aula sem a preparação necessária para lidar com as demandas tecnológicas. A autonomia docente em relação ao uso das tecnologias está ligada à formação crítica, que deve ir além do domínio técnico, como destacam Fairclough (2001) e Quijano (2005) ao tratar das relações de poder e colonialidade do saber. A desvalorização dos cursos de licenciatura e a ausência de oportunidades adequadas de formação tecnológica contribuem para a reprodução de desigualdades no sistema educacional. O texto também aborda a emergência da Inteligência Artificial (IA) na educação, destacando, com apoio em Silva (2022), a necessidade de uma formação que prepare os professores para lidar com os desafios éticos e pedagógicos trazidos por essas novas tecnologias. Por fim, propõe que a formação docente deve ser uma prioridade nas políticas públicas, integrando infraestrutura, letramento digital e valorização profissional, para garantir uma educação equitativa e emancipadora.
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Referências
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